domingo, abril 18, 2010

A Fita Branca ...

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I

impressionante como Michael Haneke mantem um padrão de qualidade em seus filmes. O mesmo não pode ser dito do seu contemporâneo Lars von Trier, pois ainda que ANTI-CRISTO tenha agradado muito algumas pessoas, está longe de ser uma unanimidade, eu mesmo não entrei no clima dele. Voltando ao austríaco, é dificílimo afirmar se este é o melhor dele até agora, até porque é apenas o seu terceiro filme que assisti (desconsiderando a refilmagem) e todos foram bons. VIOLÊNCIA GRATUITA (97) é um estrondo, CÓDIGO DESCONHECIDO (00), A PROFESSORA DE PIANO (01) e O TEMPO DO LOBO (03) ainda não os vi, e CACHE (05) é primoroso. A FITA assim como os demais, é um filme denso, que faz o espectador refletir sobre o que assiste, temos uma visão do que o ser humano pode fazer de pior, o horror do fascismo, as raízes do mal. Fala-se que retrata o pré-nazismo, mas é bem mais amplo e abrangente, poderia ser sobre o fundamentalismo islâmico de hoje, por exemplo.

Agora por esse filme ser um tanto pesado, eu não o assistiria de novo, as imagens ainda estão fortes na memória. É aquele filme que fica reverberando toda vez que se pensa nele. E só isso já é o bastante para chamar A FITA BRANCA de obra-prima.

10 comentários:

Kamila disse...

Eu ainda tenho que conferir este filme, mas muito me impressiona o fato de que ainda tenho que ler alguma opinião ruim sobre "A Fita Branca".

Hugo Leonardo disse...

Falar mal desse filme é quase uma heresia ...

Alyson Santos disse...

Obra-prima = 4 estrelas? Não entendi.

Mas, então, eu sou fã do Haneke, procuro ver todos os seus filmes, desde o começo de sua carreira e , embora tenha filmes fracos como todos os diretores, ele tem sempre algo interessante e incômodo em seus filmes.

Genio.

Abraços!

Hugo Leonardo disse...

Alyson, acho que tu não reparou ali do lado. Meu sistema de cotações é igual ao da Folha Ilustrada. Só vai até 4 estrelas ...

Abs.

Unknown disse...

Preciso ver novamente. Fiquei com péssimas impressões sobre esse filme. Provavelmente por causa do ambiente do cinema, e não pelo filme. Mas posso adiantar que alguns diretores são presunçosos demais às vezes. Inventam cenas nada a ver pra todo ficar deduzindo, como se fosse uma pintura.

Hugo Leonardo disse...

Realmente, Michel. Tem alguns diretores malabaristas, que mostram mais do que fazem, mas acho que não é o caso do Haneke.

Tato de Macedo disse...

Hugo,
passei por aqui só pra te deixar um abraço e cobrar aqueles post sensacional que todos lemos no "LUPA" - novos olhares sobre o cinema.

Tem certas coisas que você disse, que muita gente tem vontade de dizer mas não tem coragem.

Você, também, como diria Obama: é o Cara!

PS.: Ficaria ainda mais satisfeito se você puder fazer um cola/copia daquele post para cá.

E ameaço mais: Se você não o fizer, farei eu para o meu blog indicando a fonte aqui, valeu?

Abração
www.tatodemacedo.blogspot.com1

Wally disse...

Realmente, não é exagero chamar este filme de obra-prima. Meu preferido do cineasta, com certeza. [*****]

Hugo Leonardo disse...

Tato, valeu cara. São comentários como esse seu que me dão motivação em continuar no Banco buscando melhores condições para os funcis.

O texto eu realmente não pretendo colocar todo aqui no blog, pois acho que não se encaixa, mas se quiser fazê-lo no seu, fique a vontade.

Abs.

M.Abranches disse...

Filme incrível, em todos os sentidos, mas a direção de Michael Haneke é de tirar o chapeu. Nunca imaginei ver um filme que explicasse o tipo de gente que levou aquele ser abominavel ao poder.